segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Novos leitores

Divulgação
Que tal se seus alunos lessem cerca de 40 livros por ano? Impossível? O Colégio Piaget, em São Paulo, comprovou que não é! Lá, as crianças são incentivadas a visitar a biblioteca e manusear os livros desde muito pequenas - ainda na Educação Infantil. No Ensino Fundamental, o projeto de incentivo à leitura se intensifica - as crianças leem um livro por mês, em sala, com o professor e os colegas, e mais um livro por semana em casa com a família. Mas a leitura não pode se transformar em um fardo para a criança, por isso a escolha da obra (e a variedade de histórias) é muito importante. Contos de fadas, poemas, aventura, suspense, literatura de cordel... Ao longo do ano, as crianças têm contato com os mais variados tipos de livro e realizam as mais criativas atividades de interpretação de texto. "Nosso objetivo principal é formar leitores e incentivar o hábito de ler. E temos conseguido, pois as crianças até fazem com que pais que não têm esse costume passem a ler", diz a professora Priscila Karine Balisardo Labourdette, do 4º ano do Ensino Fundamental I.

Dica de leitura
Cachorro do menino De Cesar Obeid
(Editora Moderna)
Oscar queria um cachorro igual ao de seu amigo. Ele acabou adotando Dito, que tem um probleminha que o impede de andar. Os coleguinhas começam a tirar sarro do cãozinho e o menino pensa em devolvê-lo. Mas com o tempo ele começa a amar Dito do jeito que ele é. A história é contada de duas formas - em prosa e em teatro de cordel. A seguir, você conhece um pouco mais sobre as atividades de leitura do Piaget. Para exemplificar, escolhemos livros lidos pelas turmas do 4º ano. Mas vale reforçar que as atividades de leitura são realizadas em todas as turmas do Ensino Fundamental I e II, Médio e até nas de Educação Infantil.

Autor na escola
Convide o autor de um dos livros lidos pela turma para uma manhã ou tarde de autógrafos na escola. O professor pode ajudar os alunos a elaborar perguntas para serem feitas ao autor no dia da visita, em uma espécie de entrevista coletiva.


Leitura compartilhada
Os alunos da professora Priscila leem um livro por mês com ela e com os colegas, em sala de aula.
A leitura é realizada, geralmente, fora da classe - em uma sala especialmente preparada para isso, com pufes coloridos -, na quadra esportiva ou debaixo de uma árvore no pátio.
Cada criança tem o seu livro, mas a leitura é feita em grupo. Cada uma lê um parágrafo ou uma página.
No final do mês, a professora propõe um trabalho com base no livro lido. "As crianças ficam curiosas para saber o que terão de fazer quando terminarem de ler, porque cada mês eu proponho uma atividade diferente", conta Priscila.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Adeildo Vieira no ônibus


O Vôo da Águia no Céu das Canções
Adeildo Vieira

Acorda, poeta! Olha o serviço!!! É o que naquela noite gritava a poesia praquele bardo que imaginava passar impune a uma inspiração.Despertado pela poderosa, o poeta Águia Mendes me ligaria no dia seguinte pra avisar que chegaria atrasado ao trabalho, pois teria transformado a noite em dias. Sim, eu tenho o privilégio de dividir meu ambiente de trabalho – no DECOMTUR/UFPB - com este colega cuja maior doença é a compulsão de botar bois pra pastar nas nuvens e pendurar o sol em algibeiras, títulos de seus dois últimos livros. Santa enfermidade! Ao lado da poesia em pessoa eu acabo abrindo deliberadamente a guarda de minhas defesas imuno-poéticas, manifestadas emforma de dispersão do pensamento, pra contrair poesia em estado compulsivo. Surgiram daí canções em parceria com o tímido poeta, que não gosta de câmeras ou alardes em torno de sua pessoa, mas que, de tão inspirado, trouxe saúde pra minha obra musical.
O poeta Águia Mendes é o único de quem tenho conhecimento que é tocaiado pela poesia. Quando alvejado por um súbito golpe de inspiração, entra em crises de convulsão poética e produz poemas latejados que roubam suas noites de sono e tumultuam seus dias. Santo tumulto! O resultado disso são torrentes de palavras que, quando a serviço de nossas canções, nos servem ao deleite. Aliás, quer inocular o poeta com o santo veneno? É simples, basta apresentá-lo a uma melodia. Isso já é o suficiente pra que desgoverne o trem de sua criação ladeira abaixo. Agora sai da frente, pois o trem só pára em seu destino final: uma canção. Quanto a isso, sou réu confesso. Quero confessar em público que já pus o amigo poeta em santos apuros com acometimentos musicais, ao que safou-se com maestria.  A essas culpas exijo indulgência, pois não considero justo condenar aquele que presenteia o faquir com facas de prata, sabendo que está contribuindo pra beleza do espetáculo. Aliás, exijo perdão também tantos outros compositores que se enfileiraram na provocação ao poeta. Isso faz de Águia Mendes um dos mais profícuos ornamentadores de melodias em nosso estado.
Uma canção é uma mensagem com som. Ela precisa dizer algo, e que esse algo seja dito com beleza, grandeza, maestria, graça e bom gosto. Letrar uma melodia é labor musical. As palavras alinhavam a estrutura melódica, amalgamando idéias e sentimentos dentro de um conceito estético. É preciso sentir o ritmo da canção para traduzi-lo em sílabas, sem deixar que essa engenhosa montagem provoque o atropelamento de prosódias e outros danos às palavras, além de por as rimas como elemento sonoro que contribui para a sonoridade da canção. Isso tudo com densidade de conteúdo, é claro! Letrista de música émúsico das palavras, compositor de poemas cantados. Este ofício é exercidoa rigor pelo poeta Águia Mendes, que agrega valor estético às melodias onde põe a sua pena.
Pois bem, num tempo em que ritmos e melodias são valorizados em detrimento das letras das canções, quero prestar, em nome do poeta Águia Mendes, uma homenagem a quem se presta ao maravilhoso trabalho de moldurar canções com palavras, ofício que tem em Paulo Cesar Pinheiro um dos maiores mestres na nossa música brasileira, mas que, ao lado desse meu homenageado, temos o privilégio de contar com Bráulio Tavares, Ronaldo Monte de Almeida, além de tantos outros engenheiros de canções em nossa cena musical quetêm sua genialidade escondida pela lamentável omissão da creditação de atores.
Bom, mas o que posso garantir ao poeta Águia Mendes é que ainda pretendo lhe trazer muito desassossego.



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Jorge Amado na 22ª Bienal de São Paulo

Jorge Amado é o principal homenageado, através de uma antologia apoiada pela União Brasileira de Escritores – Núcleo Bahia

O “Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus – Homenagem ao Centenário de nascimento de Jorge Amado (1912-2012)” será lançado no estande da PerSe Editora, em 10 de agosto de 2012, das 19 às 22h, mesmo dia de nascimento do grande Jorge. A obra é resultado de um concurso internacional patrocinado pelo jornalista jequieense Valdeck Almeida de Jesus e traz artigos, crônicas, redações e poemas de 62 escritores de várias partes do mundo.