quinta-feira, 9 de maio de 2013

Enquanto há vida - Paula Izabela




Paula Izabela

* 27 / 06 / 1978
+ 00 / 00 / 0000









CHOCOLATE AMARGO PARA MODINHAS PAGÃS
Às bruxas do bluetooth.

A dor mais funda
surge do dedo em riste,
da lâmina sem propósito,
da agressão mais rasa.

O estranhamento é punido
pelos rótulos,
pelos conceitos,
pela sociedade “A”.
E daí que sangre?

Criar é crime.
Imaginar é pecado.
Ser diferente é proibido.
Até as bruxas devem obedecer.

Quando essa luz se apagar
constará na lápide:
“Deveria ter ido para o deserto,
viver de modinhas pagãs.
Ao invés disso,
amansou-se
com chocolate amargo.”

Um comentário:

  1. Não é segredo, amigo: 1978. rsrsrs.
    Acho que não mandei esse dado. rsrsrs.
    Grata pelo convite e pelo espaço!
    Abraços despenteados!

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